terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A média de público fantasma do campeonato pernambucano de 2013

público fantasma do pesqueira tem media 6.026 pessoas a cada partida em belo jardim na verdeda público não passa de 1.000 pessoas

 veja arquibancada vazia

Pernambucano 2013: Pesqueira 1 x 1 Petrolina. Crédito: Rede Globo/reproduçãoPernambucano 2013: Pesqueira 2 x 1 Chã Grande. Crédito: Rede Globo/reprodução
Reprodução Rede GloboCom o seu estádio vetado por falta por falta de capacidade mínima para o público e gramado sofrível, o Pesqueira vem jogando na cidade de Belo Jardim, a 30 quilômetros de distância. Em sua estreia no Estadual, a Águia vem atraindo um bom público, em tese. Nos três primeiros jogos com o seu mando, foram 6.060, 6.004 e  6.014 torcedores, respectivamente.
Se for comparado com outros centros, trata-se de um dado excelente. Mas com uma ressalva que vem colocando a credibilidade do Pernambucano em xeque.
Em todos as partidas, o time tinha direito a seis mil bilhetes promocionais da campanha Todos com a Nota. Todos eles trocados. Porém, o estádio estava longe de sua lotação. Quase vazio, na verdade. Acima, a imagem do jogo de domingo, na vitória por 2 x 1 sobre o Chã Grande. Abaixo, o empate em 1 x 1 com o Petrolina.
O Sesc-Mendonção, em Belo Jardim, foi inaugurado com capacidade para 5.000 pessoas. Uma nova avaliação neste ano, encomendada pela FPF, aumentou para até 7.050 pessoas, mesmo sem qualquer ampliação. Confira o laudo aqui.
A nova regra do Todos com a Nota destina 6 mil entradas promocionais a estádios com menos de 10 mil lugares desde que essa carga corresponda a no máximo 80% do total. Ainda assim, o Sesc teria que ter 7.500 lugares, insuficiente para o dado atual. Com a capacidade original, o clube teria recebido apenas 4 mil ingressos do TCN.
Em contato com a coordenação do programa governamental, o blog recebeu a informação de que o estado cobra apenas os vales-cidadão recebido pelos clubes, não fazendo diferença alguma o borderô da FPF. A troca, um dia antes do jogo, é suficiente para o repasse da verba. O governo alega não ser lesado se o público não comparecer nos jogos, desde que as notas fiscais sejam entregues à secretaria da fazenda.
Ou seja, sem esta obrigação, qual seria o sentido dos públicos altíssimos no borderô, visto em outros jogos no interior e desconexos com as imagens? Dos 18 jogos no interior, 13 tiveram 100% da presença do TCN. A exceção é o Petrolina. De certa forma, esses dados vêm funcionando como uma espécie de maquiagem na média de público no estadual, amplamente divulgada como a maior do país.
Atitude rechaçada pela presidente da FPF, Evandro Carvalho. “Nós zeramos a catraca a cada jogo. Não há razão lógica ou técnica para que achem esse público errado. Acho que não estamos conseguindo absorver o choque de realidade”, argumenta.
Neste momento, com jogos sem tantos atrativos no primeiro turno, o índice do Pernambucano está em 5.316 pessoas a cada partida.
Quantas delas no estádio? Difícil saber…
Antes fosse um caso isolado. O blog já havia alertado isso em 2012 (veja aqui).


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